Afreudite, blog da blague "La valeur du message gît dans sa différence avec le code" "L´équivoque est la seule arme dont on dispose contre le symptôme" Lacan

Tuesday, March 29, 2005

Escritos Erécticos

Para a Santa Madre Igreja sexo ... só reprodutivo. Assim o entendia o ex-deputado do CDS, Morgado, de sua graça, que ficou para a história como "Morgasmo" desde que a saudosa deputada "afreuDiana" (honoris causa), Natália Correia o imortalizou num célebre poema que Afreudite publicaria gostosamente se dele dispusesse e que mereceria decerto figurar numa nova edição da famosa "Antologia da Poesia Erótica ( ou Eréctica) e Satíriaca".

Afreudite sugere uma reedição desta "Antologia" como homenagem mínima devida àquela que Afreudite não hesita em integrar no seu círculo como " AfreuDiana" excelsa.

O Imperativo do dever

afreudite*

Ele era um cidadão impoluto que elegeu o dever como divisa da sua vida honesta. Tão fiel foi a este lema que morreu coberto de dívidas.


Eu, A Mulher sou o segredo. Por detras das minhas vestes de santidade, eu estou nua. (La Femme n existe pas - Lacan) Posted by Hello

O 3º segredo de Fátima

afreudite*
Afreudite está em condições de revelar o célebre 3º segredo de Fátima. Embora o papapaulo joão, tenha divulgado uma versão egocêntrica ad usum delphini, a vera versão é a que se passa a relatar em 1ª mão.

Numa das últimas aparições, a Virgem exasperada com a impiedade dos homens, enviou através dos 3 pestorinhos (Cócó, Ranheta e Facada) o seguinte aviso à humanidade pecadora :

- Ou os homens fazem penistência e oração ou eu, na próxima aparição, apresento-me como Nª Sª de Fátima (Lopes)". Se for necessário esse sacrifício para conseguir que os homens elevem o "crucifixo" ao alto, estarei disposta a isso.

Dialéctica do prazer e do dever

afreudite*

Para sair da crise, o país precisa de "obrar" muito. Há que seguir o exemplo destes dois abnegados trabalhadores que, pondo de lado a retórica estéril, deitaram corajosamente as mãos à obra, logrando uma conjugação nem sempre fácil entre o prazer e o dever.

Monday, March 28, 2005


Nem sempre e facil juntar o util ao agradavel Posted by Hello


Uma obra inedita de Burrus F. Skinner : Em defesa do estabulishment comportamental Posted by Hello

Wednesday, March 16, 2005

Madalena e a Virgem

De acordo com o apóstolo Marcos a 1ª pessoa a que Cristo apareceu, depois de ressuscitar foi Maria Madalena, a quem tinha libertado de 7 demónios. O apóstolo João, "a águia de Pathmos", corrobora este ponto de vista acrescentando que , antes de o reconhecer ela o terá confundido com um jardineiro. Estas opiniões indiciam que Madalena representa a "cristianização" de antigas deusas. As deusas mesopotâmicas , Innana e Istar atravessaram sete portas na sua entrada e saída do mundo das trevas (corresponderiam às deusas gregas Perséfone-Kore, casada contra sua vontade com o deus dos Infernos, estando condenada a viver 4 meses nas trevas do infra-mundo e apenas podendo viver à superfície nos outros 9 meses, personificando deste modo, a morte e o renascimento cíclicos da vegetação ) . Por outro lado, o filho e amante de Innana era conhecido como o "jardineiro" (o que remete para alguém que cuida da vegetação, mais própriamente para a agricultura, cujo aparecimento constitui uma das vertentes da "revolução neolítica). Este casal incestuoso mâe-filho reaparece no cristianismo na forma da Virgem e do seu filho Jesus.
De acordo com textos coptas Madalena revela , em sonhos a um homem que ela e a Virgem são uma só, que as duas constituiem apenas manifestações diversas (virgem e prostituta) de uma mesma entidade tal como acontecia com Ishtar, Innana e outras deusas.

Friday, March 11, 2005

O blogboom : um sintoma da nova "escrevidão"

Mesmo na noite mais escura
Em tempos de escrevidão
Há sempre alguém que re-xiste
Há sempre alguém que diz não
Manuel "Alegre Saber"

Fala-se muito, agora em novas formas do sintoma (anorexia, bulimia, depressão,etc) entre os quais a toxicomania é encarada como um paradigma.

Em contraste com os sintomas "clássicos", freudianos, que eram "falantes" (mais sensíveis à "talking cure", à interpretação), os novos sintomas resistem mais aos poderes da fala
pelo que já foram designados como sintomas "mudos".
Em contraste com os "clássicos" (conversão histérica, dúvidas obsessivas, fobias,etc) em que o núcleo de gozo (real da pulsão) está envolvido por um revestimento simbólico e imaginário que facilitava a interpretação pelo sentido, os neo-sintomas, como que se reduzem ao caroço do gozo, ao "silêncio das pulsões" (sintomas mudos).
Tanto as antigas como as novas formas do sintoma não deixam de estar relacionadas com o
"estado da civilização" vigente. Assim se os sintomas clássicos predominavam na era vitoriana concorrencial, do capitalismo, o das empresas familiares, as novas modalidades do sintoma surgem no seio das novas formas de capitalismo, "anónimo", desterritorializado.
Os bons e velhos sintomas, edipianos apareciam no quadro de uma família que embora já exibindo os primeiros sinais de crise, era no essencial uma família tradicional, estruturada em torno da prevalência da autoridade do pai.
Os neo-sintomas, mudos, pelo contrário, surgem no quadro de uma estrutura familiar "patriarcal" em crise (há quem fale em "Morte da família").
Se nos tempos clássicos a "forclusão", forma radical de rejeição do Significante do Nome-do-Pai ( significante da lei, da castração ), era apanágio da psicose, nos tempos que correm, a "forclusão" como que se generalizou.
Alguns sintomas que caracterizam a psicose clássica, como os que Lacan designou como "pousse-à-la-femme" (caso Schreber) e "pousse-à-écrire" (1) estão também , sintomáticamente a generalizar-se.

O psicótico ao rejeitar o Significante paterno e a sua "mensagem" de falta (falta, ao nível do
inconsciente o significante de A Mulher), como que incarnava, no real, esse significante em
falta segundo a fórmula de que "o que é rejeitado do simbólico retorna no real". O sintoma do
"pousse-à-écrire" podendo ser encarado como uma maneira de tratar pelo "escrito", de
simbolizar esse real (gozo), de o sujeito se defender, pela letra, dessa "atracção fatal" ("ser a mulher que falta aos homens ).

Hoje em dia, nesta era pós-edipiana, do declínio do Significante paterno, da "forclusão" generalizada assiste-se a um "pousse-à-la-femme" que, não revestindo as formas extremas da psicose manifesta-se numa adopção de valores "femininos", ( transexualismo, transvestismo, etc.) mas também em formas "light" de pousse-à-écrire".

Privado do Significante paterno que regula fálicamente o gozo, constituindo um imperativo de desejo, o sujeito fica submetido ao imperativo de gozo infligido por um "super-eu materno" cuja voz de sereia comanda : Goza sem medida! Gozo que reveste várias formas : "Come e cala ! (Bulimia) Deixa-te morrer de inanição ! (anorexia), Escala o Everest até perderes o nariz (castração no real) (2)! Figura no Guiness! Ganha o Nobel ! Mata indiscriminadamente! Mata-te! Escreve ! Fala ! Frui os teus 15 mn de fama, (Warhol) etc.

Este fenómeno recente que constitui a "explosão" dos blogs (o blogboom) pode ser encarado, numa certa perspectiva, como um sintoma deste "pousse-à-écrire" que caracteriza o nosso tempo.
Por detrás de uma aparente e salutar liberdade de expressão, esconde-se, por vezes, uma compulsão a escrever que traduz uma nova escravidão que eu me permitiria designar por "escrevidão".
Contra esta "tumescência" literária que nos ameaça submergir dispõe-se apenas como antídoto da "circoncisão" do matema e do laconismo (ou lacanismo) do "motema" (xiste).


(1) Caso de uma figura conhecida de Coimbra , conhecido como "telegrama" que, curiosa e paradoxalmente, dava vazão à sua "grafomania" enchendo folhas e folhas de papel pestaneira , com uma letra garrafal .
(2) Caso do everéstico Garcia

Thursday, March 10, 2005


Castro continua Fidel à Rebulicion e ao seu ideal Ruztico : "Pão, Amor e uma Cubana Posted by Hello

Wednesday, March 09, 2005

Mais vale parecer que ser

afreudite*
No Nepal, a jovem Ang-Dolma, com apenas 15 aninhos, posa radiante com 3 dos seus 5 maridos, 5 irmãos desposados no mesmo dia e, com idades entre os 6 e os 26. ( O miúdo não é filho mas um dos maridos.)
Na etnia tibetana Ning-Ba, a mulher herda a terra, um bem escasso. Evita-se a sua dispersão casando uma rapariga com vários maridos que asseguram a mão-de-obra. As outras irmãs serão freiras ou criadas. O esposo que passa a noite no quarto conjugal adverte os outros deixando os sapatos à porta.

Revista Geo : Rites Amoureux autour du Monde


Dialectica do ser e do ter : eles e que o sao mas ela e que os tem... Posted by Hello

Tuesday, March 08, 2005

Anarcoreta

afreudite*
"Não me considero anarquista porque não aprecio suficientemente a ordem"
Lacan

O xiste, a melhor arma contra o "estabulishment"

afreudite*
Há uma felicidade própria do xiste porque num ápice a ordem linguistica vacila e o sem-sentido varre as significações instituidas, as significações da lei que não é somente, que não é em primeiro lugar uma lei política, mas que também o pode ser. Temos aqui umpoder subversivo que vai para além do estabelecimento de uma nova ordem."

Jacques-Alain Miller "Percurso de Lacan"

Os segredos de Afreudite

afreudite*
Afreudite hesita em publicar as suas "mamórias". Será que o povo está preparado para as suas re-velações?


Os segredos de Afreudite Posted by Hello

Sunday, March 06, 2005

A véu aberto

afreudite*
As enfermeiras francesas estão impedidas de usar o véu islâmico.

O objectivo é manter firmes e hirtos os enfermos* :

Impedidas de usar véu
elas vão andar ao léu.

*Enfermo vem do latim infirmus


Sex libris Posted by Hello

Friday, March 04, 2005

Shoah

afreudite*
Para Hitler e o seu bando, um judeu bom era um judeu morto. A única paz a que poderia aspirar era a paz dos "semitérios".
Como designar o horror sem nome que os nazis infligiram aos judeus na 2ª GG. ?
Claude Lanzmann, no seu "filme-acontecimento", que agora faz 20 anos designa-o por Shoah, termo que suscita alguma polémica (Ver Le Monde).
Sobre este filme que a TV 2 deveria voltar a passar urgentemente, a opinião de Gérard Wacjman, no seu artigo: "L´art , la psychanalyse, le siècle" (in : <> Champs, Flammarion) : " Shoah é a partir de agora o nome imperecível do inominável que constitui a entranha deste século".