Portugueses, encore un éffort de poésie...
afreudite*Nestas eleições só 3 candidatos têm alguma hipótese de vencer.
Cavaco Silva, o virtual vencedor, com a sua postura entre o D. Sebastião, redentor e o S.Sebastião exposto às setas dos seus adversários (Batam-me, batam-me, quanto mais me batem mais os pornogueses gostam de mim), representa , de certo modo a ideologia da ciência no que ela tem de mais esterilizante e entediante. A imagem do eucalipto que seca tudo à sua volta assenta-lhe que nem uma luva.
O veterano Mário Soares, em contraste representa o protesto humanista impotente e a ideologia dos direitos humanos contra os abusos e os malefícios do capitalismo global.
A candidatura de Manuel Alegre continha à partida potencialidades que derivam do facto de aparecer sem apoio partidário e de ser protagonizada por um poeta.
Poderia representar a reivindicação de uma ciência articulada com a poesia. A entrevista que ele deu à Sic , em trajes de caçador e com arma ao ombro, deixa-nos perplexo, perante metáfora tão boçal (estaria a querer dizer que estava em campanha de caça ao voto?) . Onde se esperaria um defensor da "Gaya Scientia" corre-se o risco de nos depararmos com um poeteta alegre.
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