O Segredo do Degredo
afreudite*
A equipa de História das Religiões da Academia Afreudite desvelou o segredo do degredo de Lúcia (que, como é sabido viveu sempre longe de Fátima). De acordo com os especialistas, o degredo devia-se ao facto de Lúcia saber, melhor que ninguém que "santos da casa não fazem milagres". O reconhecimento da santidade implica uma certa distância espácio-temporal. Jesus foi condenado à morte pelos seus compatriotas judeus. Maomé viu-se forçado a fugir de Meca. Jacintinha e Francisco só começaram a operar "milagres" (vide Emilinha) muitos anos após a morte e quando tal se tornou conveniente para a encenação que culminou na re-velação do segredo de Fátima - parte 3.
Ao contrário do que acontece nas outras actividades começadas por F. (Futebol e Fado) que em conjunto com Fátima constituiem a SS.ma Trindade nacional, o factor casa não joga a favor da santidade.
Um pensamento análogo é atribuído a Platão para quem o herói é-o para todos menos para o seu criado de quarto...
Embora Hegel, admirador de Napoleão, a quem considerava como o "Espírito do Mundo (?)" ( WeltGeist?) tenha contraposto que o criado pensa assim porque é um criado (Dialéctica do Senhor e do Servo?), o que diz Platão não deixa de ter a sua verdade se se entender que o heroísmo no campo de batalha trai, frequentemente, uma covardia nesse outro campo de batalha (do gozo) que é a cama, metonímia do quarto.
Confirmando esta perspectiva, um psicanalista da velha guarda sustentava que os mais afoitos no campo de batalha revelavam-se, por vezes, estranhamente inibidos diante das mulheres.
Honny soit qui mal y pense
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