Tu quoque filius Abruptus
JPP não terá escolhido, por acaso, para título do seu famoso blog, o termo Abrupto.A sua postura trai, claramente, um contencioso "edipiano" com os "césares" dos partidos por onde passou. Primeiro terá sido com o "czar" do P.C. Álvaro Cunhal por quem nutre um transfert que não se extinguiu a avaliar pela biografia que lhe dedicou e o interesse (um pouco necrófilo, convenhamos) que vota à história do "Partido". Depois com os diferentes líderes que se sucederam no PPD/PSD. Os santanistas terão ficado tão descontentes com a sua postura crítica que chegaram a propor a sua expulsão. O novo césar , Marques Mendes, que estando no poder há tão pouco tempo, já sentiu o travo amargo da contestação "sem vergonha" * ( Isaltino Morais e Valentim Loureiro) teve agora a oportunidade de receber a primeira facada deste "enfant terrible" sob a forma da criação de um movimento pelo "Não".
Diz quem o testemunhou que ao saber desta posição contestatária, M. M. , irritado, terá retomado a célebre imprecação de César ao ser atacado :Tu quoque, filius Brutus.
- " Também tu , meu filho (da mãe), Abruptus?!"
* Sobre a desvalorização do sentimento de vergonha que afecta o nosso tempo ver na revista "La Cause Freudienne" nº 54 , o artigo "Note sur la honte" de Jacques-Alain Miller.
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