Argumento (t)ontológico
afreudite*
"Que manteve tão ocupados os filósofos sob o nome do argumento ontológico, pelo menos até Kant e, com outros disfarces, para além dele. Só o fascínio de pôr o ser no lugar do real. O argumento ontológico é, por excelência, a ilusão de que por uma articulação simbólica - o argumento - uma demonstração, uma cadeia significante, no final se pode concluir pelo que é, se poderá, pelo significante, concluir um há. O ser é justamente o real que se poderia concluir do significante.
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Este argumento ontológico, que está em jogo quando se trata de Deus mas também quando está em jogo o sujeito (encontramo-lo em Descartes e Hegel ) consiste em reabsorver o particular no universal acreditando que a partir do universal é possível passar ao particular, isto é, do conceito à existência.
Jacques-Alain Miller : "De la nature des semblants"
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